quarta-feira, 10 de julho de 2013

Planear um casamento

Bebe a caminho!! E agora? Continuamos com o casamento marcado para Agosto ou antecipamos para um pequeno evento familiar?
Decisão tomada, vamos casar pelo civil para já. Muitos devem ter ficado a pensar que casei porque engravidei, bem que pensem. Casei antes porque em Agosto não teria condições de estar presente e divertir-me no meu próprio casamento. Com este calor e mais 13 kg em cima ninguém merece tratar de um casamento onde os pés inchados seriam os protagonistas e provavelmente nem a dança de abertura aguentaria.
Quando o R, for baptizado vamos renovar os nossos votos na igreja e proporcionar mais uma vez bons momentos de diversão aos nossos queridos familiares e amigos.
Pois é, decidir antecipar um casamento e ter tudo pronto em praticamente 2 meses não é tarefa fácil, mas impossível não é mesmo. Posso dizer que a sorte foi ter estado a ver detalhes,sítios e ter algumas coisas em mente caso fosse em Agosto, mas mesmo assim tive de alterar muita coisa e repensar vários detalhes.
Primeira aspecto a definir: Data e local. A data teve algumas condicionantes na escolha. Primeiro tive de verificar se havia hipótese de ter aquelas pessoas imprescindíveis presentes, pessoas como a melhor amiga, a irmã, que vivem em outro continente e que precisam de organizar o seu dia a dia. Assunto tratado, pessoas confirmadas bora escolher o dia. Dia escolhido vamos ao local.
O local dependeu de muitos outros aspectos; nº de convidados, orçamento disponível, zona envolvente, ser um sitio que nos transmitisse uma boa energia e de preferência um sitio com algo para contar, que daqui a uns anos ainda existisse e não apenas uma quinta. Nada contra quintas, até porque vi algumas e gostei mas queríamos algo que fosse diferente e fugisse aos padrões normais, bem e isso em dois meses.
A escolha do local depende muito da disponibilidade da data por parte da conservatória. Na verdade descartamos logo a igreja por ser um processo que demora um bocado mais e para que eu pudesse usufruir da festa e depois da lua de mel, não esquecendo que estando numa situação de risco tinha opções muito limitadas, não queria casar com 6 meses, escolhi Março porque estaria com 4 meses e seria a altura ideal. Ideal no clima, no bem estar porque estava no inicio do 2 trimestre e com muita genica também.
Fomos a conservatória marcar a data para saber se havia disponibilidade e quanto tempo demoraria a termos a confirmação. Demos entrada no processo no dia 15 de Janeiro e 15 dias depois tivemos a confirmação que poderia ser. No entanto o local escolhido foi cascais e demos entrada na de Lisboa, o que complicou um bocado o processo porque tinha de ser transferido. De qualquer maneira a maior dificuldade foi conseguir que o conservador nos casasse num sábado, mas conseguimos que o de Oeiras o fizesse e tivemos de pagar cerca de 100 euros mais a deslocação. Como não quis correr o risco de ter data mas não sitio assim que dei entrada ao processo procurei saber se havia vaga para a data de modo a garantir a mesma e graças a Deus correu tudo bem.
O local escolhido foi o Restaurante Conversas na Gandarinha, no centro cultural de Cascais. Vou criar um post dedicado a este espaço porque durante as minhas pesquisas verifiquei que há pouca informação e muitas noivinhas desesperadas a pedir.
Escolhi o local também com base no número de convidados, dá para cerca de 170 pessoas sentadas, mas eramos 110 e apenas família e amigos muito chegados, e por ter um preço bastante acessível, menu a partir de 40 euros, sendo que tudo poderia ser negociado conforme o nosso gosto, mas digo já que esse valor incluía imensas coisas.
Com base nisso chegou a parte mais complicada, seleccionar os convidados. Se os nossos planos fossem para Agosto a nossa lista já estava em 250 pessoas, sinceramente nem sei como é que íamos suportar os custos mas como costumo dizer, o dinheiro aparece quando tem de aparecer. Sendo um casamento com um caracter mais familiar tivemos de " cortar" muita gente e não fugir do conceito decidido. Mesmo assim tivemos mais de 100 convidados, é o que dá ter muita família. Apenas familia que tinhamos uma relação directa e a que tinhamos pouco convivio apenas convidamos os mais velhos para representar. Dos amigos, apenas os com relações longas e estaveis levaram os seus acompanhante, não queria ter pessoas que só vi uma vez por ser a nova namorada do primo X, ou o primo X ter uma namorada a 5 anos e nem sequer a conhecer e ter de convidar. A cerimonia tinha um carácter intimo e fiz com que assim fosse.  Muita gente ainda me disse que não se importava de pagar o acompanhante, mas fiz entender que a questão não era apenas o dinheiro mas sim o conceito que optamos e se são nossos amigos mais chegados não se vão sentir sozinhos, não há como. Infelizmente não se pode agradar a todos, mal de mim se quisesse agradar todo mundo.
Para que as coisas possam mesmo correr bem, é bom ter as coisas minimamente delineadas para depois não se perder o objectivo inicial. Mesmo sendo uma cerimonia civil, é o nosso dia tem de ser da nossa forma, as pessoas vão arranjar sempre uma maneira de fazer parte dele, pelo menos as pessoas que se consideram como especiais na nossa vida e não meros convidados.
Depois da data, do local, dos convidados é preciso acertar tudo que se quer com a responsável pelo local. Cores da decoração, menu, músicas, fotografo, lembranças, bolo de casamento, Dj, muitos detalhes que não custam tanto assim mas que precisam ser definidos. Se vai ter lua de mel, onde será, ver com a entidade patronal a licença de casamento, que tem de ser gozada logo a seguir ao casamento mas há chefes bem flexíveis.
Com muita vontade tudo se faz, e com amigas totalmente disponíveis então não há como não dar certo.
Adorei o meu dia, foram momentos de muito nervosismo mas no fim vi alegria nos meus convidados e todos super animados e virem ter comigo a agradecer por fazerem parte desta festa. Todos divertiram-se e até o staff deu nos os parabéns e disseram-nos que foi uma das festas mais bonitas que tiveram, onde a animação reinou e mesmo com uns copinhos a mais os convidados não perderam o nível e foram sempre super educados.
Podia ficar aqui horas a descrever todos os detalhes e stress que tive para que as coisas corressem bem, mas prefiro fazer um post para cada tema dentro do cada tema. Uma coisa vos digo, adorei o serviço do restaurante e nas mesmas condições voltava a fazer lá o casamento. Claro que se algum dia conseguir fazer pela igreja terá de ser em outro sitio apenas pelo espaço mas fora isso só tenho a dizer bem.
Com tantas incertezas que a vida tem é preferível termos um bocado do futuro no nosso presente, porque o dia de amanha a Deus pertence.

N.


terça-feira, 9 de julho de 2013

O inicio de tudo

Com a noticia da chegada de um novo membro fiquei bastante confusa e meio que perdida. Se por um lado tinha vontade de dizer a toda gente por outro lado tinha medo da gravidez não avançar,por estar em situação de risco. Tinha apenas 6 semanas e faltam pelo menos outras 6 para passar a fase critica. O que fazer? A quem contar? Claro que o L. soube logo no dia e ficou contente porque diante de todos os sintomas ele desconfiava mas e a restante família? Os amigos? Tinha apenas 6 meses no novo emprego, será que ia tar em risco o meu trabalho? A verdade é que tive de aguentar ate as 12 semanas para contar a todos.
Falando em semanas uma das coisas que me faz mais confusão é essa forma de contar, levando a conclusão que 9 meses não são 40 semanas, mas que também não estamos gravidas desde a data que os médicos começam a contar. Eles contam desde a data da ultima menstruação, mais ou menos 14/15 dias depois é que estamos  no período fértil. Por isso dizer-se que o bebe pode nascer 15 dias antes, que foi a data da concepção, ou 15 dias depois que é o período que ainda pode nascer depois dos 9 meses. No fundo é uma forma de eles terem uma margem de erro e mesmo assim não é certo o dia. Existem bebes que preferem nascer depois das 40, como aqueles que já têm o bichinho da ansiedade e querem rapidamente dar um ola aos papas e ao mundo.
Sinceramente espero que o R. venha quando quiser desde que tenha muita saúde não me importo nada que venha antes, mas gostava que tivesse vontade própria e o seu dia.
Também gostava de viver tudo com calma e sem grande sofrimento. Sentir o rolhao a sair, as aguas a rebentarem e depois então ter as contracções. Também idealizo um parto normal, que dure o tempo suficiente e que não me desespere nem entre em pânico por demorar tanto para ter o meu baby comigo. Mas, dai a acontecer tudo que idealizamos.. Deus saberá o que fazer na hora!
É realmente lindo termos o privilegio de ter uma vida dentro de nos mas confesso que os primeiros 3 meses para mim foram horríveis. Todos dias tinha náuseas, vómitos e  falta de apetite. Cheguei a perder 3 kg. Tudo que entrava saía, chegou a ser desesperante. Tive de seguir alguns conselhos como a bolacha de agua e sal na cabeceira para comer uma antes de me levantar da cama, a canja também me fez muito bem mas so o caldo. Tentei seguir a risca todos os mitos do que se pode ou não comer durante a gravidez. Desde a carne mal passada ao sushi, aos queijos nao pasteurizados, e foi nessa altura que mais vontade tive de comer tudo, mesmo sabendo que depois tinha de ir visitar a branquinha, mas não o fiz. Conformei me com a realidade e não quis por em causa a saúde do meu bebe, que q cada dia cresce mais e melhor.
Tive muita sorte também de conseguir logo nas 12 semanas saber o sexo do meu príncipe, estava numa posição que se via muito bem e a medica também é muito experiente e querida.
Assim passaram 3 meses, brindados de receios, alegrias, ansiedades, mal estar mas acima de tudo um misto de sentimentos novos que ate hoje nao consigo descrever. Uma nova vida a caminho tão fragil,tão  dependente de mim mas também ja tao amada.

N.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Positivo!!

Em Dezembro de 2012 tive algumas certezas de coisas que poderiam estar prestes a acontecer. A morte de uma pessoa muito querida e a possibilidade do nascimento de uma nova. A primeira confirmou-se logo no primeiro dia do ano, o que nos deixou a todos devastados mas sabendo que o sofrimento acabou é mais fácil encontrar consolo para o nosso coração. A segunda, apenas confirmou-se 7 dias depois.
Há algum tempo que tenho tido queixas de enjoos, mal-estar, cansaço, azia e o diagnostico foi o do síndrome do cólon irritável. Aprendi que precisava da medicação para passar melhor mas evitei sempre que pude para não criar dependências.
O facto é que esses sintomas nunca estiveram associadas a ausência da menstruação, sim nunca fui muito estável mas ter um atraso de 20 dias era algo preocupante, principalmente quando sentia que a qualquer momento ia ser brindada pela dádiva do mês. Se queria? Muito. Contudo sentia um arrepio de imaginar que as suspeitas poderiam estar certas. Tive alguns desejos mas que nao achei estranhos porque sou muito gulosa, então na terrinha com calor só tinha vontade de comer coisas frescas.
Devo dizer que abusei como abuso sempre e não vi isso como um sinal de gravidez, associei apenas aos momentos de descontracao com a família, saborear comida da mama e acompanhar com uma boa garrafa de casal Garcia super fresca, sem sequer imaginar que dentro de mim a sementinha já crescia.
Tive um alerta por parte de uma amiga que tava muito quente mas também em pleno verao era suposto estar gelada? O medo de fazer um teste começou a surgir mas aguentei a curiosidade ate voltar a Lisboa.
Em plena sala de embarque tive náuseas e vómitos e durante o voo os enjoos permaneceram. Para mim estava tudo dito,  podia ser positivo ou algo bem pior.
Não consegui resistir e assim que aterrei fui logo para a farmácia. Contudo esperei o L. regressar a casa para fazer o teste sozinha.Ganhei coragem e la fui ter uma conversa com o teste. Já fiz uns tantos mas todos tinham dado negativo, porque que este seria diferente? Mas a verdade é que foi!
Primeiro um traço, depois o outro e o pânico estava instalado. Sempre pensei que a minha reacção seria um riso descontrolado mas não, dei por mim a chorar, desesperada, assustada e sem saber o que fazer. Optei por ir logo para o Hospital para confirmar se era um positivo falso ou não. A medica só precisou de ouvir que tinha x dias de atraso para dizer que só podia estar gravida. Assim que fui examinada lá estava o saco embrionário e a confirmação do positivo. Fiquei muito assustada com tudo, principalmente porque o saco estava vazio. E se ficasse assim ? Agora depois da confirmação havia a hipótese de não ter continuidade?
A medica disse que era normal acontecer, mas que tinha uma ameaça de aborto devido ao descolamento da placenta. Tinha de ficar de repouso.Desejei que durante os 3 primeiros meses tudo corresse bem e que o embrião desse sinal de vida para as coisas desenvolverem-se super bem. Deus ouviu as nossas preces e o embrião apareceu na semana seguinte quando fui a consulta, e ver aquele coração tão pequenino a piscar é algo que nao tem preço. Tomei a medicação recomendada para a placenta voltar ao sitio e tudo ficou bem.

Hoje o Rafa tem 31 semanas e está enorme e pelos exames super saudável. De pensar que já tive gravida de 1 mês e que agora falta praticamente 1 mês e meio para ter o meu filhote nos meus braços..Ufff o tempo passa!!

N.