segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Relato de um parto

Já se passaram quase 4 meses e ainda não tive um tempinho para vir relatar aquele que foi o dia mais feliz da minha vida.
Lá se passou o dia 4 de setembro e nada do R. nascer. Depois de uma conversa com o Dr. decidimos induzir o parto para o dia 10. Mas o R. decidiu o seu dia e nasceu no dia 7 de Setembro.
Na madrugada de 7 comecei a ter umas contrações mais fortes que as normais, levantei me e disse ao L. de hoje não passa. Começamos por controlar de quanto em quanto tempo vinham elas e a cada 10 minutos era uma mais forte que outra, depois de 5 em 5 e lá fomos para o hospital.
Quando chegamos ao hospital de Loures, o médico que já me tinha atendido na vez passada, fez-me o toque e com o relatório do ctg concluiu que apesar de ter apenas 1cm não passava daquele dia e mandou me para casa. Disse que só quando já não me conseguisse mexer é que podia voltar.
Assim que entro para o carro, as malandras já estavam de 3 em 3 minutos e eu com dores horríveis. Foi a viagem mais longa que fiz, nunca um trajeto me pareceu tão longo que tive de bater nos vidros para abafar a dor.
Já em casa, a coisa não melhorou, sentia muitas náuseas e tive alguns vômitos mas a dor da contração era simplesmente indescritível. Era uma dor tão forte que assim que parava sentia um alivio imenso que me fazia esquece la por completo.
Sempre quis ter parto natural, no entanto as hipóteses começaram a desaparecer quando com 38 semanas o meu colo ainda não  estava maduro, comecei a perder as esperanças mas nunca descartei a hipótese de tentar até a ultima.
Decidimos ir para o privado, onde sempre fui acompanhada, apesar de não ter seguro ativo estava no período de carência e ainda tinha um bom desconto. Assim que cheguei só pedia pela epidural,eu que sempre me achei corajosa o suficiente e que sempre quis sentir tudo. Eu sei que cada um é como é mas as dores tornaram se insuportáveis que não me imaginava a sofrer tanto por tantas horas.
Já tinha 3 cm e podia apanhar a epidural. Foi uma eternidade até a bendita chegar, alguns vômitos e lagrimas depois lá chegou a anestesista e explicou me tudo. Tinha de fazer logo porque depois era mais complicado por causa das dores. Posso dizer que entrei as 12:00 e só lá para as 13:30 começou o processo todo.
Tinha uma barriga enorme e foi muito difícil estar sentada com as pernas abertas e ter de por as costas todas enroladas, mas valeu muito a pena. Parece que afinal não aguento assim tanto a dor mas naquele momento tive uma enorme admiração por todas mulheres que conseguem aguentar sem epidural, em especial pela minha mãe.
As horas passavam e nada de dilatar como deve ser,sentia uma dor de leve mas nada que não pudesse aguentar, fui dormindo e nada de dilatação. A enfermeira ao fazer o toque reparou que tinha a bolsa furada e quando fiz um bocado de força lá rebentaram as águas, adorei a sensação. Apesar de não dilatar e de constatar que o bebe nem sequer estava encaixado sempre tive muita vontade de fazer força mas as circuntancias não permitiram que assim fosse.
Perto das 19h o médico chegou e disse me que podíamos esperar até as 20:30 mas se não avançasse teria de ser  cesariana ou esperar sem garantias que conseguisse fazer o parto normal e podia eventualmente por em risco a vida do R.
Ainda levei com a oxitocina mas apenas fez com que o ritmo cardíaco do bebe ficasse um pouco alterado e tiveram de baixar a dose.
Perdi as esperanças por completo, mas além do colo estar verde a bacia também estava estreita e podia dificultar a passagem da cabeça. Decidimos assim avançar para a cesariana porque não queria correr o risco do bebe estar a sofrer.
Entrei para o bloco assustada porque não estava em mim que não ia ter o parto que sempre idealizei e para piorar a anestesia local não pegava. Quando sai da cama para a mesa o cateter deslocou se e a anestesia simplesmente não entrava. Voltei a sentir tudo de novo, as contrações, entrei em panico porque achei assustador ter um pano praticamente na cara, os pés amarrados, não mexer as maos mas tive a sorte de ter o meu marido ao meu lado.
Lá tive de levar com uma especie de  "anestesia geral" e adormeci. Não senti mais nada. Quando acordei so queria ver o meu bebe, saber se era saudavel e sentir o seu cheirinho e assim foi. Tudo bem com o R. nasceu com 3.360kg e 49 cm. Lindo, lindo e muito lindo e fui invadida por um sentimento unico e um amor gigante que até hoje não cabe no peito.
Consegui dar de mamar ao meu bebe, sofri com ele porque teve as malditas colicas e ao fim de 3 dias fomos para a casa dominada pelo medo pro sentir me desprotegida e a questionar me se ia conseguir dar conta do recado.
Hoje, 4 meses depois, o nosso menino tá optimo e saudavel e nós apesar de cansados,sentimo nos os pais mais abencoados do mundo por termos recebido a melhor prenda do mundo.

sábado, 17 de agosto de 2013

Terceiro trimeste- friozinho na barriga

E la passaram 9 meses...
Tem sido  uma odisseia e tanto e mal posso acreditar que daqui a nada vou ter o meu baby comigo. Foi uma gravidez que teve alguns contratempos, um inicio marcado pelo medo de não avançar, de depois de ter me mentalizado que ia receber a benção mais linda de todas podia perder tambem. Mas Deus tudo pode e o meu amor venceu. 
Depois todas as transformações começaram, das melhores as piores. Os enjoos, o mal estar, o cansaço em excesso, o sono, as mexidelas suaves,o aumento de apetite e de peso tambem, os pés que começaram a inchar muito cedo, a frustração de nao ter nada giro para vestir e esperar ansiosa por todos encontros que tinha com o meu principe. Ver aquele embrião a crescer, a mexer se, sempre com as suas posições engraçadas e sair com um sorriso nos lábios e com o coração a transbordar de alegria.
Não ha nada melhor que sentir um amor assim!
Engordei, o corpo mudou um pouco, mesmo que nao pareça tenho mais 16 kgs neste momento e apenas sinto por ser pequena e ter uma estrutura qur nao esta habituada . Mas nao me importo porque o peso maior que sinto é do amor que carrego no coração e na alma pelo meu filhote.
Tentei fazer de tudo um pouco, trabalhar, passear, ter tudo organizado para a hora h e mesmo assim ainda faltam algumas coisinhas. Fui as aulas de preparação para o parto, aprendi imenso e sinto me mais segura em relação a muitos mitos e verdades e tentei sempre ter uma alimentação adequada. 
Tive sucesso em algumas tentativas lol noutras nem por isso mas se é para ficar gravida que seja com tudo que vem no pacote, por isso viva o meu barrigão.
Fazendo um balanço, o 2º trimestre foi o melhor. O cansaço passa e o bem-estar reina, pelo menos no meu caso. A ansiedade também esteve muito presente porque o tempo para mim não passava, mas a verdade é que passou e agora é que vejo isso.
Hoje tenho quase 38 semanas e apesar de ter data prevista ele é que decide se nasce antes ou depois , ja agora vamos ver se a mudança da lua vai influenciar ou não, se assim for o pequenito ta quase a dizer oi :)
To  ansiosa e com alguns medos mas sei que assim que o tiver nos meus braços tudo vai passar.
É uma viagem linda e maravilhosa mas sendo sincera  mulher sofre e não é pouco, hoje dou mais valor a minha mãe e espero ser tambem valorizada. 
Estou a adorar tudo, ate as noites mal dormidas agora no final por ja nao ter posicao e as dores nas virilhas mas faz parte so quero ter uma hora pequenina e ver o meu bebe, que ja vai nos 3 kgs, cheio de saúde.
Esperamos por ti baby R.!



Hidratar a pele

Sempre fui muito adepta do oleo johnson. Depois do banho ainda com a pele molhada lambuzava me para deixar a pele completamente macia e hidratada. Na praia, mesmo sabendo que ia fritar, usava mais para o fim quando ja tinha o bronze ideal para manter, sabendo claro que nao é correcto o uso deste dessa forma.
Foi preciso aparecerem me algumas estrias para pesquisar mais formas de hidratar a pele: li vários truques de muitas futuras mães e de outras que ja não são de primeira viagem. Muitas usaram os cremes mais famosos e por conseguinte mais caros, mustela, lierac, outros mais acessiveis como o bom e velho barral, vasenol gordo, oleo de amendoas doces e o johnson. Eu comecei a untar me a partir do 3 mês e pedi um creme na farmacia que tivesse sido testado e comprovado que nao passaria os seus componentes para o bebe. Foi me indicado o mustela e o elancil, optei pelo segundo porque ja tinha usado para outro efeito e gostei dos resultados. Posso dizer que ate ao 8 mês nem sinal das malandras mas a verdade é que a minha barriga ficou imensa e cada pele é uma pele e a minha pelos vistos nao aguentou. Li que por johnson antes ajudava porque sendo oleo o creme ia penetrar melhor, assim como pessoas que apenas usaram johnson e nem sinal delas. Acho tudo muito relativo, ha pessoas que dao se melhor com um creme e outras nao têm resultados. Eu mesma usava o de amendoas doces e o johnson de manha e a noite o elancil, quando este acabou passei para o da mustela.
So queria partilhar uma ideia que me foi transmitida. Fui a um dermatologista por causa de ter ficado com muita comichao onde tinha o piercing e o médico disse me que o johnson nao é hidratante, nada de nada. Ao passarmos o oleo este cria uma pelicula dando a sensacao de hidratacao mas na verdade nao o faz, ainda impede que o creme hidratante que seja aplicado de seguida nao entre bem na pele.
Curiosamente fui a uma amiga que faz massagens para celulites e estrias e ela disse me exactamente a mesma coisa. Mito ou verdade nao sei, sei que é bem dificil ter uma opiniao que se considere completamente certa acerca deste assunto. Quem nao tiver estrias por usar johnson durante a gestacao toda vai ser apologista que é do melhor como ha pessoas que vao dizer que nao viram resultados.
Bem, fica a dica: comprem um bom esfoliante e apliquem no banho ou depois deste ou ate antes de aplicarem o hidratante e depois apliquem o hidratante que pode ser perfeitamente um barral ou outro creme gordo. Com a exfoliacao a pele vai estar preparada para receber o hidratante de forma a ter o resultado adequado.
Eu optei por isso, tudo bem que agora ja nao ha nada a fazer, mais tarde vejo uma alternativa para atenuar as estrias mas é importante partilhat informação nova.
Neste momento so sei que cada estria tem um significado e muito mais importante que o proprio desaparecimento da mesma, o meu baby!
Alem de um bom creme, que nao é sinonimo de caro, tenham uma boa alimentacao que é a base de tudo!

N.

domingo, 4 de agosto de 2013

Malditas estrias

Sempre tive muitos cuidados com o corpo desde muito cedo, sempre fui muito dada ao desporto e fazia com alguma frequencia ginásio.
Celulite já tinha mas de forma controlada, usava um ou outro creme mas o ginásio é que me deixava em forma.
Agora estrias? Nunca as vi nestes ultimos anos. Recordo-me que tive algumas no peito quando tinha 14 anos e engordei 8 kg de repente mas usei um creme da Avon que por milagre fez com que não ficasse uma única para contar história, curiosamente também ele desapareceu do mercado.
A verdade é que as vezes por mais cremes que usemos tudo depende do tipo de pele e da elasticidade da mesma. 
Comprei o Elancyl quando tinha 12 semanas e desde então nunca o larguei, mas fiz um barriga enorme e era quase um milagre as estrias não darem o ar da sua graça. Não estou indignada por ter estrias, mas por me ter prevenido e mesmo assim não ter escapado.
Sou muito persistente quando se trata de cuidar do corpo e mesmo que não consiga fazer com que desapareçam tenho a certeza que vão atenuar com uma boa alimentação, ginástica e muita hidratação.
Fiquei revoltada quando vi as malditas a treparem-me pela barriga acima, bolas ao fim de 8 meses é que aparecem? Mas não há nada que possa fazer a não ser aceitar e olhar que elas existem porque algo bem melhor vem a caminho.
Agora alterno o Elancyl com o creme da Mustela e no banho oleo de amendoas doces. Muita atenção aos oleos porque nem todos são hidratantes mesmo que digam que sim. Muitos formam apenas uma capa que dá brilho a pele e a sensação de hidratação mas acabam por não permitir que o creme depois actue como deve ser. O meu dermatologista disse me que o Johnson por exemplo não é um bom hidratante, e no entanto é conhecido como ser. Depende da pele é o que acho e pelos vistos a minha não é de boa raça.
Um truque é passar-se um exfoliante para o corpo no banho e quando já estivermos secas aplicar o creme para as estrias.
Espero sinceramente que depois do R. nascer não fique estragada mas se ficar é a vida, paciencia, comparado com a essencia que é ser mãe, vale a pena deixar essas visitantes indesejadas alojadas na nossa barriguinha.

Barrem-se e hidratem-se com muito creme e água!

N.

Aulas de preparação de parto

Quando pensava em gravidez sempre achei que ia fazer tudo que uma grávida tem direito, mas a verdade é que neste último trimestre o cansaço deu me uma grande surra e a preguiça então nem há palavras.
Pensava em fazer uma sessão de foto, acabou por ser feita com o telemóvel já que tenho todos momentos registados. Depois a barriga de gesso, mas comecei a ter uma pequena alergia na zona onde tinha o piercing e o dermatologista não me aconselhou a fazer, a única coisa que fiz assim da lista dos desejos foi o chá de bebe e o curso de preparação para o parto que já foi uma dor de cabeça convencer o marido.
Pesquisei muito para ver um centro que fosse bom tanto a nivel da qualidade como do preço e tomei a minha decisão com base na opinião de várias grávidas.
Acabei por escolher o Olá Mamã, em Telheiras, e não me arrependo nada. O preço foi 175 euros para o casal com direito a aulas de ginastica 1 vez por semana. Sim existem vários workshops de graça e até nos centros de saúde se pode fazer mas so tinha hipotese de fazer ao sábado então teve de ser.
O espaço é bastante acolhedor, existe uma salinha de espera muito agradável onde temos a disposição chá, águas, sofás bem confortáveis e um espaço kid onde podemos trocar a fralda, onde o bebe pode brincar num parque e também alguns miminhos a venda, coisinhas para grávidas e para os bebes. Depois temos uma salinha onde tudo acontece, as aulas de ginástica e as aulas de preparação. Temos de entrar descalços e levar umas meias anti-derrapantes, quem não tiver eles também têm a disposição.
Gostei muito das aulas, aprendi muito e posso dizer que me sinto neste momento mais preparada para o que ai vem.
A "formador" é simplesmente espectacular, muito acessivel, brincalhona, divertida e cheia de conhecimentos. Tirou-nos muitas duvidas, esclareceu muitos mitos e tudo que era dito na teoria era demonstrado também na pratica.
Gostei muito e aconselho o centro a todas futuras mamãs, vale bem a pena o investimento. Para quem quiser estar mais a vontade neste novo mundo da maternidade também pode se inscrever no site do babycenter e aproveitar ainda melhor essa nova fase com tudo explicado ao pormenor e conselhos fantásticos.

N.

Segundo trimestre da gravidez

Após ter passado menos bem no 1 trimestre da minha gravidez posso dizer que no inicio do 2º parecia que nem tava grávida de tão bem que me sentia.
Quando me casei tinha 4 meses quase 5 e estava super bem disposta. As nauseas desapareceram, os enjoos também, a única coisa que ficou foi o sabor a metal do ferro e da vitamina que tomava na altura na boca, um gosto amargo e que algumas vezes incomodava bastante.
Muitas decisões temos de tomar nesta fase, se não formos aquelas pessoas que só fazem as coisas sob pressão, que é claramente o meu caso. Vou sempre adiando.
Com o casamento alugamos um apartamento, sempre pensei num T1 mas todos que vi ou eram super pequenos ou não tinham roupeiros. Ter um apartamento apenas com 1 quarto e falta de espaço são coisas que não combinam. Mesmo tendo um contrato de 1 ano e não saber as hipoteses de renovar, alugamos um T2 que nos serve muito bem e com mais espaço. Sabendo que o bebe nos primeiros meses vai dormir no nosso quarto é sempre bom ter um quarto onde tenha as suas coisas e onde possamos arrumar tudo, dar banhinho e pouco a pouco ir desmamando do vicio de dormir com os pais, coisa que dificilmente vai acontecer. Começaram a surgir as duvidas se deixavamos o quarto como estava, se decoravamos, se aplicavamos papel de parede..bem a realidade é que quando a casa não é nossa e o nosso futuro é meio incerto temos de analisar bem até que ponto vale a pena fazer certos investimentos. O papel de parede apesar de ser uma ideia gira e onde se pode fazer várias combinações, é igualmente caro, e aplicar para depois ter de se tirar porque o senhorio não gostou não é propriamente um bom investimento. Seja cá ou em Luanda o futuro tem algo reservado para nós então nessa altura investimos mais num quarto para o nosso principe. De momento demos apenas uma pintadela com uma tinta azul bebe para dar um ar diferente e depois logo vemos.
O nome também é uma decisão muito importante, mas esse eu sempre soube o que queria e o pai também gostou,ele escolhe o do próximo rebento.
O que eu tinha mesmo muita vontade de fazer era treinar mas sendo uma gravidez que começou com algum risco o médico não em autorizou, disse apenas para fazer aquelas aulas  que existem nos centros de preparação de parto que só são aconselhadas a partir de mais ou menos 28 semanas. Então fui assistindo na plateia a todo momento engorda. A roupa já não servia como deve ser, principalmente as calças mas fui deixando assim enquanto dava principalmente por causa do trabalho, que tinha de estar mais apresentada.
Tinha sempre engordado 1 kg por cada mês mas a certo momento fiquei com medo que o bebe tivesse magro, apesar da médica ter dito que ele é bem gordinho,mas deixei me levar pela gula e abusei muito no chocolate.
Para minha sorte e depois do teste de glucose não tenho niveis de açucar elevados no sangue até tenho um pouco baixo, a tensão também está boa o que indica que tudo ta correr bem, mas do 5 para o 6 mês engordei quase 5kg e ai foi a desgraça total.
Dizem que o último trimestre ainda é pior então dos 10 kg que idealizei já vou em 14. Vamos lá ver como termina esta odisseia.
Outra decisão importante é fazer ou não a aminiocentese? Bem eu optei por não fazer, primeiro porque o meu exame de rastreio bioquimico deu negativo e o ecográfico também. Na ecografia apareceu tudo normal, o osso nasal presente, a translucência nucal também tinha valores normais e as hipoteses de ter um aborto espontâneo eram muito superiores a ter um bebe com algum problema. Tendo uma gravidez de risco optei por não fazer e os médicos também disseram que é sempre um risco. Se comecei mal não queria ter de passar por algo pior. Tudo bem que os resultados nem sempre correspondem ao que pode acontecer, mas só de pensar que o resultado se fosse confirmar como negativo e depois ter um aborto..não ia aguentar na certa. Bem, certo é que não fiz e agora peço a Deus que se aguentei até aqui então que ele venha cheio de saúde e nos dê bastante alegria. Contudo há vários factores que conjugados levam as mulheres a fazerem o exame. Se tivesses casos na familia, mais de 35 anos ou um resultado positivo penso que correria o risco.
Tive um 2º trimestre bastante tranquilo e passou a voar, como tivemos ali uma vaga de calor no meio comecei a sofrer cedo com o inchaço nos pés mas as análises estão boas e não acusam nada de especial, digamos que tenho estado tranquila.

N.

Lua de mel em Cabo Verde

Quando casamos não tinhamos nos nosso planos ir de lua de mel, pelo menos não agora. Com o R. a caminho tinhamos uma escolha muito limitada, já que a minha gravidez começou por ser de risco.
No entanto sabiamos que mesmo adiando para daqui a 2 anos, seria ainda mais complicado, mesmo tendo com quem deixar o menino. Então decidimos ir agora, mas para um sitio pertinho e de preferencia com sol e mar.
Cabo Verde foi o destino escolhido. Já há algum tempo que queria conhecer mas os preços dos pacotes são identicos e as vezes mais caros que outros sitios bem mais paradisiacos então foi posto de parte na altura.
Desta vez, foi a opção por estar a cerca de 3/4 horas de distancia, estar bom tempo apesar do vento que nesta altura se faz sentir, tanto que para os nacionais é considerada época fria.
Primeiro e antes de tudo tive de ligar para o médico a perguntar se podia viajar não vá ter tudo pronto e depois não ter autorização.
Sendo uma viagem curta fui liberada e lá fizemos as malas.
A viagem foi feita pela TACV, os aviões são super pequenos e assustei me um bocado, dada a minha fobia. Mas correu tudo bem, teve alguns momentos de turbulencia mas nada de especial,já o regresso foi bem pior.
Fomos para a ilha do Sal, e ficamos no hotel riu Garoupa. Quando fomos para Punta Cana também ficamos num hotel com o sistema TI e gostamos muito. No sal foi um pouco diferente, os quartos são do mesmo género, a estrutura do hotel também, tudo com o mesmo conceito.
Tem várias zonas de lazer, piscinas, teatro, karaoke, o lobby com bares e internet, algumas lojas com artesanato tipico de Cabo Verde e do Senegal, na maior parte das vezes, e os conhecidos restaurantes temáticos.
O que me deixou um pouco desiludida foram mesmo os restaurantes, isto comparando com os de Punta Cana. A comida não tinha grande sabor e a diversidade também não era muita. Estando grávida foi um pouco dificil fazer escolhas saudáveis. Contudo, estando em África e conhecendo bem a realidade do País também fiquei contente principalmente por estar rodeada de pessoas simpaticas, humildes e mesmo com as inumeras dificuldades terem sempre um sorriso nos lábios.
As praias do hotel tinham quase sempre bandeira amarela, então muitas vezes iamos para Santa Maria onde o mar estava mais calmo e o azulão era deslumbrante. Levamos muito com o vento mas valeu a pena. Uma vila muito simples, com os vendedores sempre a chamarem para irmos as suas lojas a explicarem que vivem disso basicamente mas mesmo negociando as coisas tinham um preço bastante elevado e não deu para trazer muita coisa gira que por lá andava.
Foram dias de muito descanso, muito cuidado com o sol porque apesar de estar vento havia muita gente escaldada, muitos mesmo. Abusei do protector o máximo que pude e não vim com um bronze de invejar como o de Punta Cana mas não me arrependo. Já o L. bem douradinho ficou.
No geral, aconselho a visitarem, vão gostar da simplicidade que ali se vive e vão conhecer melhor a realidade Africana.

N.







Massinha para o almoço

Domingo é o dia da preguiça, nem há volta a dar ao titulo concedido. Como tal é o dia que supostamente nada se faz e aproveita-se para descansar antes de mais uma semana laboral.
Por motivos que desconheço é o dia que escolhi para fazer a limpeza da casa e por sua vez cozinhar. No que toca a cozinha, não pode ser é nada muito demorado e elaborado. De preferencia algo simples e rápido de fazer.
Sempre estive habituada a cozinhar para muitas pessoas e reduzir de 6 para 2 é bastante complicado, mas aos poucos to a entrar no ritmo e já se estragam menos coisas por cá. Abri o frigorifico a procura de inspiração e vi que tinha por lá umas sobras de um frango que tinhamos comprado para o chá do bebe.Apesar de gostar muito de cozinhar, tenho feito sempre quantidade suficiente que dê para almoço e jantar.
Bem, é mesmo isso que se vai aproveitar. Toca a fazer uma massinha !

Esparguete com sobras de frango (4 pessoas)

2 peitosde frango desfiados e sem pele
1 lata de tomate aos pedaços ( das pequenas)
1 cebola picadinha
1 dente de alho
1 folha de louro
Azeite q.b
Sal q.b
1 caldo de galinha
Vinho branco q.b
1/2 pacote de esparguete.

Num tacho, fazer um ligeiro refogado com a cebola, o allho e o fio de azeite, em lume brando.
Quando a cebola começar a dourar, mexer um pouco para não queimar e/ou colar ao tacho. Acrescente de seguida o tomate aos pedaços e deixe cozinhar em lume brando.
Enquanto isso,numa tabua comece por desfiar o frango e retire a pele se for o caso. Depois de desfiar se ficarem pedaços muito grandes com uma faca corte mais pequenino e junte ao preparado que se encontra no tacho e mexa muito bem.
Como o frango já está cozinhado não é preciso deixar muito tempo ao lume. Acrescente o esparguete, o vinho, a água, o caldo e deixe cozinhar. A quantidade da água tem de ser suficiente para o espaguete cozinhar. Este prato para mim deve ter também muito molho e bem apurado. Se achar que vai ficar sem molho vá acrescentando água mas rectifique sempre o tempero. Assim que o esparguete estiver pronto pode servir e deliciar-se.
É um prato que demora cerca de 30 minutos e é muito fácil!

Bom apetite!

N.


Conversas na Gandarinha parte 2

Quanto ao menu, fiquei com medo que não servissem em quantidade generosa e que por serem pratos diferentes poucos aderissem mas posso dizer que estava tudo bom e sobrou bastante coisa. Optei pelo self-service e não me arrependo, cada um pode comer ao seu ritmo e sem preocupações que o empregado recolha o prato ou venha com o prato seguinte. Havia de facto muitos pratos, mesmo assim e porque os pais quiseram levei um leitão a bairrada e a minha querida mãe fez um prato tipico da terra. A mesa das sobremesas também tinha muita variedade, e por volta das 20 horas foi servido um caldo verde para aconchegar. O vinho servido foi o da casa, não ouvi reclamações e como não podia beber não sei dizer se era bom, mas o meu pai disse que era adequado, e de vinhos ele entende muito.
Mesmo sendo self-service tinhamos sempre pessoas nas mesas a servirem e a explicarem com todos os detalhes o que estava ali exposto e com uma simpatia nota 10.
Normalmente nos buffets, os frios ficam até ao fim mas a regra do restaurante é de tirar e por a mesa da sobremesa, bem a minha mae disse logo que esse sistema não funcionava ali porque as pessoas teriam vontade de petiscar durante a tarde e assim foi, ficou o buffet montado.
Queria ter tido um projector com fotos a passarem mas não consegui arranjar um. O dj da casa tem um disponivel e o preço que cobra para tocar também é muito acessivel mas se há coisa que não arrisco é na musica, a musica faz toda diferença. Sendo assim levei o meu dj, mais um amigo, que animou muito a festa, foi muito elogiado e também fez um bom preço.
Adorei todos os detalhes do meu casamento. Penteei me com a minha cabelereira de sempre, um apanhado simples e depois cobri metade da cara com um véu birdcage. O vestido mandei fazer porque com a barriguinha a espreita não pude usar o modelo que já tinha escolhido na Pronoivas.
O sapato tinha optado por um rosa salmão mas depois achei que o branco dava um ar mais clean e comprei um mesmo de noiva na Foreva, super acessivel também.
O que posso dizer mais? Aguentei o máximo que pude com os saltos mas depois de abrir o salão já estava de havaianas e por momentos esqueci me do meu estado e já estava no meio dos convidados a dançar feito maluca.
O que me surpreendeu mais foi um dos rapazes do restaurante, o filho da dona Zé, vir falar comigo e com o L. e dizer que nunca viu uma festa tão animada, com pessoas de todas idades cheias de diversão, e mesmo estando os jovens com alguma alegria em momento algum faltaram o respeito ou tiveram alguma atitude menos bonita. Fiquei mesmo contente por ouvir aquilo. Ahm falando em alegria, optei também por levar algumas bebidas precisamente por saber  da alegria que move a juventude.
Se alguém precisar de mais informações detalhadas cá estou eu, por outro lado é so enviar um email ou ir pessoalmente até ao CCC e falar com a Maria José que vão ser atendidos de forma espectacular. Na vespera do casamento quando fui ver o espaço como estava ganhei o premio da noiva mais desorganizada que ela já conheceu, mas foi muito bem merecido, ainda nem tinha dado o placar com o nome das mesas, que tinham como tema sentimentos. E nem tinha dado sequer  as argolas para os guardanapos, que tinham decidido fazer com a ajuda de uma super prima e claro da super mãe. Queria que tivesse um toque meu e pessoal e assim foi, as argolas foram feitas com botoes e ficaram muito giras. Eram botoes grandes, brancos e transparentes que enfiamos numa fita de cetim e dava a volta ao guardanapo, acabaram por ser também as lembranças e toda gente adorou.
A desvantagem de se casar de dia é ter de acordar muito cedo para ir ao cabelereiro, felizmente deixei a manicure,, pedicure e depilação para o dia anterior, aquele dia foi so para o cabelo. Mas na brincadeira dos botoes acabei por me deitar as 4 da manha, dormi 3 horas e nem sinal de uma olheira. E so sai do centro as 21.30, aproveitei ao máximo o meu dia sem grandes preocupações e logo de seguida uma merecida noite de nupcias num hotel 5 estrelas, oferta de uma amiga, super zen e fantastico, onde tivemos o nosso merecido descanso.
Aproveitem ao máximo o vosso dia, afinal de contas queremos que seja único e especial mas se não estivermos descontraidas nada disso acontece, perde-se a magia e as coisas acabam por correr menos bem.

N.

Conversas na Gandarinha

Quando decidimos casar, comecei a pesquisa pela net sitios, comentários, experiencias para ter uma ideia de como as coisas funcionam.
Visitei muitos sites, mas os que mais me influenciaram foram o casamentoclick e o nosso casamento. No primeiro tive a oportunidade de pedir vários orçamentos, de acordo com o número de convidados e o que pretendia e espantosamente recebi sempre respostas e propostas. Quando o Hotel/Restaurante/Quinta ao qual pedia um orçamento não me respondia recebia sempre a proposta de outro com as mesmas caracteristicas. No segundo, fui lendo e relendo vários comentários, criticas, opiniões de noivas, esposas e pessoas que apenas lá estiveram para fazer uma das refeições e foi um bom ponto para tomar uma decisão.
No inicio estava muito inclinada para as Quintas mas  para o que pretendia poucas eram as que tinham um preço acessivel.
Sendo angolana sempre fui habituada a muita fartura, desde o marisco ao churrasco durante a noite, mas a verdade é que com a vinda do R. muita coisa tinha de mudar e fazendo apenas uma cerimonia mais familiar não via muito sentido em ter uma festa grande com direito a tudo.
Muitas sugestoes iam para o Restaurante Conversas na Gandarinha mas a verdade é que pouco encontrei a nível de satisfação das noivas. As que tinham usufruido do espaço nunca mais regressaram ao forum para partilhar a sua experiencia, daí eu criar este tópico para que quem tenha duvidas ou questões possa de facto ficar esclarecida.
Ãntes de mais a pessoa responsável pelo espaço, a Dona Maria José, é uma querida. Atenção que não é um exagero, ela é mesmo TOP!
É uma pessoa super acessivel e disponivel. Sempre tive respostas as minhas duvidas, enviou me tudo que pedia, preços dos menus, combinações que podia fazer, o que incluia, que estava completamente a vontade para fazer as alterações necessárias e ao meu gosto...5 estrelas!!!
Sempre idealizei um casamento ao pé do mar, se fosse no civil claro. Mas nos tempos que correm temos de ser mais realistas e ter muita atenção ao orçamento disponivel. Procurei alguns cantos e recantos junto a baia de cascais mas como tudo, preços exorbitantes para uma cerimonia que dura entre a 15 a 20 minutos. 
Tive de desistir dessa ideia e fiquei me mesmo pela sala do centro, rodeada de quadros de artistas conceituados repletos de emoção.
A salinha é bastante aconchegante e sempre se pode optar por um tapete vermelho, ou umas petalas conforme o gosto. Eu deixei ao natural pois os quadros para mim já davam o seu encanto mas no fim fui brindada por muitas petalas misturadas com arroz.
Tive também direito a música de entrada, uma pequena coluna no cantinho onde o mp3 podia tocar por breves segundos a música escolhida enquanto entrava com o meu pai.
Optei por um almoço porque sempre achei que ia ser um evento pequeno, que dentro do conceito não valia a pena esticar ate as tantas com música, se fizesse um jantar se calhar as pessoas dançavam mais mas penso que foi o tempo certo.
Sendo um centro cultural cheio de exposicoes e muitos visitantes so podia começar a música as 18h. O espaço estava reservado até as 21 horas foram 3 horas de muita diversão,boa música, pessoas super animadas e todo um ambiente acolhedor e cheio de romance.
Para quem optar por jantar é ate as 2 da manha.
A minha cerimonia estava marcada para as 13h, mas a conservadora atrasou-se e começou as 13h40. As 14h já estava casada. 
Com essa alteração climática não estava a espera de ser brindada pelos bons ares da primavera, principalmente com tanta chuva durante a semana. Também foi um dos motivos que me fez desistir do casamento a beira mar ou numa varanda com vista para o mar porque tudo ficaria estragado com a chuva.
Mas sou mesmo abençoada, teve um dia lindo, um sol radiante e até posso dizer que não tive calor em momento algum.
Tinha pensado em tirar fotos no parque Carmona Marechal mas era preciso ter uma licença então ficamos pelos espaços a volta com jardim e como pano do fundo tivemos o bater das ondas a assistir a cada flash. As fotos com os convidados foram tiradas dentro da salinha, ou espécie de capela como designei. E enquanto os convidados eram servidos com um pequeno cocktail com os quitutes da terra nós fomos registar o momento.
Posso dizer que o meu casamento foi bem low cost, tentei poupar em tudo que consegui. Os convites, que muitos não chegaram ao destino por serem convidados tão chegados, o placar com a distribuição dos lugares e os placares da mesa foram feitos por uma amiga que é designer.
As flores estão incluidas no preço e são a escolha dos noivos, optei por arranjos muito suaves e sem grande glamour para ir ao encontro da simplicidade do casamento, não queria que nada destoasse ou que existisse um contraste gigante. Optei por tons clarinhos como o rosa e o branco. Tava tudo muito clean e singelo.
As fotografias ficaram para outra amiga, sim eu sei que é um registo único mas era isso ou uma máquina descartavel em cada mesa para cada um registar. Eu quis que todos participassem da sua maneira, foi um casamento expresso e se era pra ser simples não precisa de ter muitos gastos, até porque pretendo mais pra frente eternizar o momento na igreja.
Senti o toque de princesa por um dia e a magia que envolve o dia e senti principalmente o tempo a voar. O mais gratificante é sentir a boa vibe no ar e ver toda gente a sorrir e a dizer que tudo estava optimo.
Gostei muito das fotografias e não mudaria nada.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Planear um casamento

Bebe a caminho!! E agora? Continuamos com o casamento marcado para Agosto ou antecipamos para um pequeno evento familiar?
Decisão tomada, vamos casar pelo civil para já. Muitos devem ter ficado a pensar que casei porque engravidei, bem que pensem. Casei antes porque em Agosto não teria condições de estar presente e divertir-me no meu próprio casamento. Com este calor e mais 13 kg em cima ninguém merece tratar de um casamento onde os pés inchados seriam os protagonistas e provavelmente nem a dança de abertura aguentaria.
Quando o R, for baptizado vamos renovar os nossos votos na igreja e proporcionar mais uma vez bons momentos de diversão aos nossos queridos familiares e amigos.
Pois é, decidir antecipar um casamento e ter tudo pronto em praticamente 2 meses não é tarefa fácil, mas impossível não é mesmo. Posso dizer que a sorte foi ter estado a ver detalhes,sítios e ter algumas coisas em mente caso fosse em Agosto, mas mesmo assim tive de alterar muita coisa e repensar vários detalhes.
Primeira aspecto a definir: Data e local. A data teve algumas condicionantes na escolha. Primeiro tive de verificar se havia hipótese de ter aquelas pessoas imprescindíveis presentes, pessoas como a melhor amiga, a irmã, que vivem em outro continente e que precisam de organizar o seu dia a dia. Assunto tratado, pessoas confirmadas bora escolher o dia. Dia escolhido vamos ao local.
O local dependeu de muitos outros aspectos; nº de convidados, orçamento disponível, zona envolvente, ser um sitio que nos transmitisse uma boa energia e de preferência um sitio com algo para contar, que daqui a uns anos ainda existisse e não apenas uma quinta. Nada contra quintas, até porque vi algumas e gostei mas queríamos algo que fosse diferente e fugisse aos padrões normais, bem e isso em dois meses.
A escolha do local depende muito da disponibilidade da data por parte da conservatória. Na verdade descartamos logo a igreja por ser um processo que demora um bocado mais e para que eu pudesse usufruir da festa e depois da lua de mel, não esquecendo que estando numa situação de risco tinha opções muito limitadas, não queria casar com 6 meses, escolhi Março porque estaria com 4 meses e seria a altura ideal. Ideal no clima, no bem estar porque estava no inicio do 2 trimestre e com muita genica também.
Fomos a conservatória marcar a data para saber se havia disponibilidade e quanto tempo demoraria a termos a confirmação. Demos entrada no processo no dia 15 de Janeiro e 15 dias depois tivemos a confirmação que poderia ser. No entanto o local escolhido foi cascais e demos entrada na de Lisboa, o que complicou um bocado o processo porque tinha de ser transferido. De qualquer maneira a maior dificuldade foi conseguir que o conservador nos casasse num sábado, mas conseguimos que o de Oeiras o fizesse e tivemos de pagar cerca de 100 euros mais a deslocação. Como não quis correr o risco de ter data mas não sitio assim que dei entrada ao processo procurei saber se havia vaga para a data de modo a garantir a mesma e graças a Deus correu tudo bem.
O local escolhido foi o Restaurante Conversas na Gandarinha, no centro cultural de Cascais. Vou criar um post dedicado a este espaço porque durante as minhas pesquisas verifiquei que há pouca informação e muitas noivinhas desesperadas a pedir.
Escolhi o local também com base no número de convidados, dá para cerca de 170 pessoas sentadas, mas eramos 110 e apenas família e amigos muito chegados, e por ter um preço bastante acessível, menu a partir de 40 euros, sendo que tudo poderia ser negociado conforme o nosso gosto, mas digo já que esse valor incluía imensas coisas.
Com base nisso chegou a parte mais complicada, seleccionar os convidados. Se os nossos planos fossem para Agosto a nossa lista já estava em 250 pessoas, sinceramente nem sei como é que íamos suportar os custos mas como costumo dizer, o dinheiro aparece quando tem de aparecer. Sendo um casamento com um caracter mais familiar tivemos de " cortar" muita gente e não fugir do conceito decidido. Mesmo assim tivemos mais de 100 convidados, é o que dá ter muita família. Apenas familia que tinhamos uma relação directa e a que tinhamos pouco convivio apenas convidamos os mais velhos para representar. Dos amigos, apenas os com relações longas e estaveis levaram os seus acompanhante, não queria ter pessoas que só vi uma vez por ser a nova namorada do primo X, ou o primo X ter uma namorada a 5 anos e nem sequer a conhecer e ter de convidar. A cerimonia tinha um carácter intimo e fiz com que assim fosse.  Muita gente ainda me disse que não se importava de pagar o acompanhante, mas fiz entender que a questão não era apenas o dinheiro mas sim o conceito que optamos e se são nossos amigos mais chegados não se vão sentir sozinhos, não há como. Infelizmente não se pode agradar a todos, mal de mim se quisesse agradar todo mundo.
Para que as coisas possam mesmo correr bem, é bom ter as coisas minimamente delineadas para depois não se perder o objectivo inicial. Mesmo sendo uma cerimonia civil, é o nosso dia tem de ser da nossa forma, as pessoas vão arranjar sempre uma maneira de fazer parte dele, pelo menos as pessoas que se consideram como especiais na nossa vida e não meros convidados.
Depois da data, do local, dos convidados é preciso acertar tudo que se quer com a responsável pelo local. Cores da decoração, menu, músicas, fotografo, lembranças, bolo de casamento, Dj, muitos detalhes que não custam tanto assim mas que precisam ser definidos. Se vai ter lua de mel, onde será, ver com a entidade patronal a licença de casamento, que tem de ser gozada logo a seguir ao casamento mas há chefes bem flexíveis.
Com muita vontade tudo se faz, e com amigas totalmente disponíveis então não há como não dar certo.
Adorei o meu dia, foram momentos de muito nervosismo mas no fim vi alegria nos meus convidados e todos super animados e virem ter comigo a agradecer por fazerem parte desta festa. Todos divertiram-se e até o staff deu nos os parabéns e disseram-nos que foi uma das festas mais bonitas que tiveram, onde a animação reinou e mesmo com uns copinhos a mais os convidados não perderam o nível e foram sempre super educados.
Podia ficar aqui horas a descrever todos os detalhes e stress que tive para que as coisas corressem bem, mas prefiro fazer um post para cada tema dentro do cada tema. Uma coisa vos digo, adorei o serviço do restaurante e nas mesmas condições voltava a fazer lá o casamento. Claro que se algum dia conseguir fazer pela igreja terá de ser em outro sitio apenas pelo espaço mas fora isso só tenho a dizer bem.
Com tantas incertezas que a vida tem é preferível termos um bocado do futuro no nosso presente, porque o dia de amanha a Deus pertence.

N.


terça-feira, 9 de julho de 2013

O inicio de tudo

Com a noticia da chegada de um novo membro fiquei bastante confusa e meio que perdida. Se por um lado tinha vontade de dizer a toda gente por outro lado tinha medo da gravidez não avançar,por estar em situação de risco. Tinha apenas 6 semanas e faltam pelo menos outras 6 para passar a fase critica. O que fazer? A quem contar? Claro que o L. soube logo no dia e ficou contente porque diante de todos os sintomas ele desconfiava mas e a restante família? Os amigos? Tinha apenas 6 meses no novo emprego, será que ia tar em risco o meu trabalho? A verdade é que tive de aguentar ate as 12 semanas para contar a todos.
Falando em semanas uma das coisas que me faz mais confusão é essa forma de contar, levando a conclusão que 9 meses não são 40 semanas, mas que também não estamos gravidas desde a data que os médicos começam a contar. Eles contam desde a data da ultima menstruação, mais ou menos 14/15 dias depois é que estamos  no período fértil. Por isso dizer-se que o bebe pode nascer 15 dias antes, que foi a data da concepção, ou 15 dias depois que é o período que ainda pode nascer depois dos 9 meses. No fundo é uma forma de eles terem uma margem de erro e mesmo assim não é certo o dia. Existem bebes que preferem nascer depois das 40, como aqueles que já têm o bichinho da ansiedade e querem rapidamente dar um ola aos papas e ao mundo.
Sinceramente espero que o R. venha quando quiser desde que tenha muita saúde não me importo nada que venha antes, mas gostava que tivesse vontade própria e o seu dia.
Também gostava de viver tudo com calma e sem grande sofrimento. Sentir o rolhao a sair, as aguas a rebentarem e depois então ter as contracções. Também idealizo um parto normal, que dure o tempo suficiente e que não me desespere nem entre em pânico por demorar tanto para ter o meu baby comigo. Mas, dai a acontecer tudo que idealizamos.. Deus saberá o que fazer na hora!
É realmente lindo termos o privilegio de ter uma vida dentro de nos mas confesso que os primeiros 3 meses para mim foram horríveis. Todos dias tinha náuseas, vómitos e  falta de apetite. Cheguei a perder 3 kg. Tudo que entrava saía, chegou a ser desesperante. Tive de seguir alguns conselhos como a bolacha de agua e sal na cabeceira para comer uma antes de me levantar da cama, a canja também me fez muito bem mas so o caldo. Tentei seguir a risca todos os mitos do que se pode ou não comer durante a gravidez. Desde a carne mal passada ao sushi, aos queijos nao pasteurizados, e foi nessa altura que mais vontade tive de comer tudo, mesmo sabendo que depois tinha de ir visitar a branquinha, mas não o fiz. Conformei me com a realidade e não quis por em causa a saúde do meu bebe, que q cada dia cresce mais e melhor.
Tive muita sorte também de conseguir logo nas 12 semanas saber o sexo do meu príncipe, estava numa posição que se via muito bem e a medica também é muito experiente e querida.
Assim passaram 3 meses, brindados de receios, alegrias, ansiedades, mal estar mas acima de tudo um misto de sentimentos novos que ate hoje nao consigo descrever. Uma nova vida a caminho tão fragil,tão  dependente de mim mas também ja tao amada.

N.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Positivo!!

Em Dezembro de 2012 tive algumas certezas de coisas que poderiam estar prestes a acontecer. A morte de uma pessoa muito querida e a possibilidade do nascimento de uma nova. A primeira confirmou-se logo no primeiro dia do ano, o que nos deixou a todos devastados mas sabendo que o sofrimento acabou é mais fácil encontrar consolo para o nosso coração. A segunda, apenas confirmou-se 7 dias depois.
Há algum tempo que tenho tido queixas de enjoos, mal-estar, cansaço, azia e o diagnostico foi o do síndrome do cólon irritável. Aprendi que precisava da medicação para passar melhor mas evitei sempre que pude para não criar dependências.
O facto é que esses sintomas nunca estiveram associadas a ausência da menstruação, sim nunca fui muito estável mas ter um atraso de 20 dias era algo preocupante, principalmente quando sentia que a qualquer momento ia ser brindada pela dádiva do mês. Se queria? Muito. Contudo sentia um arrepio de imaginar que as suspeitas poderiam estar certas. Tive alguns desejos mas que nao achei estranhos porque sou muito gulosa, então na terrinha com calor só tinha vontade de comer coisas frescas.
Devo dizer que abusei como abuso sempre e não vi isso como um sinal de gravidez, associei apenas aos momentos de descontracao com a família, saborear comida da mama e acompanhar com uma boa garrafa de casal Garcia super fresca, sem sequer imaginar que dentro de mim a sementinha já crescia.
Tive um alerta por parte de uma amiga que tava muito quente mas também em pleno verao era suposto estar gelada? O medo de fazer um teste começou a surgir mas aguentei a curiosidade ate voltar a Lisboa.
Em plena sala de embarque tive náuseas e vómitos e durante o voo os enjoos permaneceram. Para mim estava tudo dito,  podia ser positivo ou algo bem pior.
Não consegui resistir e assim que aterrei fui logo para a farmácia. Contudo esperei o L. regressar a casa para fazer o teste sozinha.Ganhei coragem e la fui ter uma conversa com o teste. Já fiz uns tantos mas todos tinham dado negativo, porque que este seria diferente? Mas a verdade é que foi!
Primeiro um traço, depois o outro e o pânico estava instalado. Sempre pensei que a minha reacção seria um riso descontrolado mas não, dei por mim a chorar, desesperada, assustada e sem saber o que fazer. Optei por ir logo para o Hospital para confirmar se era um positivo falso ou não. A medica só precisou de ouvir que tinha x dias de atraso para dizer que só podia estar gravida. Assim que fui examinada lá estava o saco embrionário e a confirmação do positivo. Fiquei muito assustada com tudo, principalmente porque o saco estava vazio. E se ficasse assim ? Agora depois da confirmação havia a hipótese de não ter continuidade?
A medica disse que era normal acontecer, mas que tinha uma ameaça de aborto devido ao descolamento da placenta. Tinha de ficar de repouso.Desejei que durante os 3 primeiros meses tudo corresse bem e que o embrião desse sinal de vida para as coisas desenvolverem-se super bem. Deus ouviu as nossas preces e o embrião apareceu na semana seguinte quando fui a consulta, e ver aquele coração tão pequenino a piscar é algo que nao tem preço. Tomei a medicação recomendada para a placenta voltar ao sitio e tudo ficou bem.

Hoje o Rafa tem 31 semanas e está enorme e pelos exames super saudável. De pensar que já tive gravida de 1 mês e que agora falta praticamente 1 mês e meio para ter o meu filhote nos meus braços..Ufff o tempo passa!!

N.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Bacalhau no forno com batatas e ovo



Porque existem aqueles dias que só nos apetece sentir o cheirinho de uma comida que nos aconchegue a alma..foi nesse sentido que decidi usar o bacalhau que para ali andava ainda sem destino.
Sou uma pessoa que não gosto nada de complicar no que toca a cozinha, para mim cozinhar tem de ser algo simples,que envolva muitos sabores mas que na maior parte das vezes seja rápido. Sinto um maior prazer ao fazer algo pressionada pelo tempo e depois no fim ficar delicioso.

Para o bacalhau de ontem, que já estava demolhado, não precisei de muitos ingredientes:

Ingredientes: ( Para 4/5 pessoas)

4 postas de bacalhau
2 cebolas
4 dentes de alho
1 saco de batatas para assar( das pequeninas)
3 ovos
sal qb
louro qb
pimenta qb
Azeite qb

Modo de preparo:

Numa panela com água, ponha a cozer o bacalhau previamente demolhado, com uma pitada de sal. Deixe cozer cerca de 20 minutos em lume médio.
Enquanto esse processo acontece, descasque as batatas, lave-as e ponha num tacho com água e sal para cozerem, mais ou menos 20 minutos. Faça o mesmo procedimento para os 3 ovos, que precisam de ser cozidos.
Descasque a cebola e o alho e disponha num tabuleiro por cima do azeite. Quando o bacalhau estiver pronto, com um garfo separe-o das espinhas e tire a pele, junte-o à cebola e ao alho. Em seguida acrescente as batatas, ponha mais uma camada de bacalhau, mais rodelas de cebola e salpique com os ovos cortados aos pedacinhos. Desfaça as folhas de louro, salpique com pimenta e regue com azeite.
Com o forno pré-aquecido a 180 graus, deixe dourar ao seu gosto até ganhar uma cor dourada Acompanhe com uma salada temperada com molho vinagrete ou com legumes que também ficavam muito bem no forno com este prato.

Ficou muito bom e soube-me mesmo bem :)

Espero que gostem. Lembrem-se sempre que este prato pode levar muitos mais ingredientes, basta criar.

N.

domingo, 12 de maio de 2013

Um novo recomeço

Já se passou muito tempo desde a última vez que cá vim. Tempo, passa num instante e nem damos por isso mesmo quando o aproveitamos como deve ser.
Tanta coisa que mudou na minha vida,coisas boas, coisas menos boas e tudo em tão pouco tempo.
Eu e o L. conhecemos o sabor da separação, mas que não foi superior ao da reconciliação. As coisas quando têm que acontecer, acontecem, principalmente quando têm muita força e o nosso amor é sem  dúvida muito forte.
Todos os casais têm as suas brigas, algumas sem solução, outras que fazem parte da rotina e outras que exigem a separação para se puder perceber onde e com quem se quer estar. E no fundo foi isso que nos aconteceu. O nosso amor perdeu a sua força, por mérito nosso e também influencia de terceiros mas o tempo fez-nos perceber que estamos destinados e prontos para enfrentar todos os desafios que possam surgir.
Em Dezembro fomos de férias para Luanda passar o natal no verão e foram duas semanas muito bem passadas com a familia, recheada de coisas boas, risos e gargalhadas, vinho e marisco e muito descanso.
Dezembro foi um mês especial, especial porque sem saber já carregava no meu ventre o ser que se tornou o mais importante da minha vida, o meu pequeno baby R.
Quando eu e o L. reatamos em Setembro, decidimos que estava na hora de casar, ainda sem pedido ( o que não é nada a minha cara), comecei a procurar sitios que fossem de encontro ao nosso orçamento e igualmente giros para fazermos a nossa festa. Mas confesso que é uma tarefa dificil e que exige muita paciencia. Mas vou criar um tópico dedicado ao tema do casamento e que mostre que tudo se faz, mesmo com um orçamento limitado, e pouco tempo.

Em breve vou publicar.

N.